Cooperativismo

O cooperativismo tem como objetivo difundir os seus ideais e alcançar pleno desenvolvimento financeiro, econômico e social. A cooperação sempre existiu nas sociedades humanas desde os tempos mais remotos, devido à necessidade de sobrevivência. Um exemplo de cooperação é a que predominava em algumas tribos indígenas em nosso país.

Como surgiu o cooperativismo

      Em 1884, um grupo de 28 tecelões, de uma fábrica da cidade de Rochdale, localizada no norte da Inglaterra, se reuniu para combater o avanço do capitalismo e os intermediários, que não obedeciam ao princípio da justiça do trabalho. A ideia era criar um sistema econômico que tivesse como base a ajuda mútua, a solidariedade humana, a cooperação, a honestidade e o esforço coletivo. Surgiu, então, o cooperativismo e formando a primeira cooperativa do mundo.
Os princípios que direcionaram a organização dos tecelões, aos poucos, foram disseminados pelo planeta.
A Revolução Industrial estava em processo na Europa, desde o século XVIII. O Estado passou a controlar o avanço do capitalismo moderno e ocorreu um crescimento acirrado da classe proletária, que estava sujeita ao controle dos capitalistas e a condições de trabalhos a ela impostas.
A ideia da cooperativa era promover uma ampla mudança estrutural, que pudesse resultar em melhores condições de trabalho para os proletários.

Princípios do Cooperativismo

      Os princípios que devem nortear qualquer cooperativa no mundo são:

1 - Adesão voluntária e livre - As cooperativas são organizações voluntárias abertas a qualquer pessoa apta a utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminação de sexo, classe, política e religião.

2 - Gestão democrática pelos membros - Uma cooperativa é necessariamente uma organização democrática. Os membros controlam a cooperativa e participam ativamente da formulação das políticas e na tomada de decisões. Os eleitos como representantes dos demais membros são responsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau os membros têm igual direito de voto (um membro, um voto) e as cooperativas de grau superior são também organizadas de maneira democrática.

3 - Participação econômica dos membros - Os membros contribuem eqüitativamente para o capital das suas cooperativas. O controle do capital é feito democraticamente, parte desse capital é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros recebem, habitualmente, se houver, uma remuneração limitada ao capital integralizado, como condição de sua adesão.

Sempre, com base na decisão democrática, os excedentes destinam-se a um ou mais dos seguintes objetivos:
a) desenvolvimento das suas cooperativas, eventualmente através da criação de reservas, parte das quais, pelo menos, será indivisível;
b) benefício aos membros na proporção das suas transações com a cooperativa;
c) apoio a outras atividades aprovadas pelos membros.

4 - Autonomia e independência - Controladas por seus membros, as cooperativas são organizações autônomas caracterizadas pela ajuda mútua. Se estas firmam acordo com outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrem a capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a autonomia das cooperativas.

5 - Educação, formação e informação - As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.

6 - Intercooperação - É lema das cooperativas atuarem em conjunto, através de suas representações locais, regionais, nacionais e internacionais. Tudo isso para dar força ao movimento cooperativista.

7- Interesse pela comunidade - As cooperativas também devem trabalhar para o desenvolvimento das suas comunidades, para tanto, devem aprovar políticas sociais junto aos seus membros.